Todo artesão que faz seus produtos para vender tem ou já teve esta dúvida e de certa forma é uma questão importante.
No geral, basicamente usa-se a mesma regra, pegue tudo que você gastou e multiplique por três o que de certa forma está correto mas para referência, outras coisas devem ser consideradas na formação do preço final.
Regra número 1.
Acredite em você, se valorize!
Vou contar-lhe uma verdade. Além de você mesma(o) as únicas pessoas que lhe darão valor de verdade será sua mãe, seu pai, e seus filhos, e uma ou outra pessoa especial assim, se você faz algo com talento, que realmente tem arte, valorize-se! você verá que as pessoas passarão a te dar mais valor e consequentemente seu produto valorizará.
Regra número 2.
Bons artesãos tem um monte, então não basta ser bom busque sempre ser o melhor.
Você tem que produzir o melhor resultado, pois assim seu produto não é igual ao do vizinho e logo o preço também não precisa ser. Atente-se aos detalhes, a qualidade dos produtos de matéria prima, a execução, apresentação da peça e até na embalagem. Ainda com relação a apresentação, uma foto bem feita valoriza muito seu trabalho, mostra seu capricho e preocupação no resultado.
Outra coisa bem importante é fazer algo diferente, inovar, pois se você copiar sempre será a cópia de alguém, e isto é menos atrativo.
Uma dica importante, teste seu produto, use-o de verdade, você perceberá o quanto ele pode ser melhorado.
Regra número 3.
Comprometimento e Responsabilidade.
Tem que haver compromisso com o cliente e com seu trabalho e sempre ser um profissional responsável. Prometeu cumpra, marcou data ou hora atenda, e jamais esqueça do cliente. Sem cliente nada disto que discutimos tem sentido.
Regra número 4.
O Mercado manda, então obedeça a lei da oferta e procura.
Se você produz algo que é sensacional e só você faz, porque tem que ser barato? Só porque é artesanato? Não se esqueça que antes de ser artesanato é “ARTE”.
As pessoas no Brasil, de uma forma geral, tem uma visão de que se é artesanato tem que ser barato, temos que mostrar a todos que artesanato é arte e que algo feito a mão tem muito mais valor que um produto industrializado, tem o toque do artista.
Agora não deixaremos por tudo acima descrito de considerar que se você faz um determinado trabalho que outros também fazem de forma parecida não pode ter preços muito diferente. Também é necessário levar em conta o mercado que você está, por exemplo:
Alguém que produz algo em grandes centros tem a chance de vender por um valor melhor já que a cidade é mais rica, as pessoas ganham melhor e tem mais acesso.
Se você produz artesanato em alguma cidade em que a renda é baixa e as pessoas tem renda suficiente para se alimentar, não adianta querer cobrar caro.
Hoje é muito comum se vender na internet, seja por meio de um blog, loja virtual, ou sites especializados como o Elo7, então não se esqueça de pesquisar o mercado - neste caso o site, comparar preços de produtos igual ao seu, a principio como referência descarte o mais barato e o mais caro e faça uma média do que encontrar, assim você não terá o seu produto depreciado, ou sob suspeita de qualidade do serviço e do material por ser muito baixo e nem perderá venda por ser caro.
Se você conseguiu penetrar em um mercado de elite verá que as pessoas dão muito mais valor a um produto de R$ 200,00 do que o mesmo produto vendido por R$ 70,00 só porque ele é caro.
Regra número 5.
Não use todo o seu fôlego de primeira.
Na formação de preço é muito importante você ter uma sobra, seja para aquele desconto para o pagamento a vista, seja para aquele desconto necessário para a produção de um grande lote de produtos enfim é necessário estar prevenido, até porque o se o cliente quiser pagar a vista e pedir um descontinho se sentirá bem melhor se recebe-lo e você pode conceder sem problemas.
Regra geral para orçamentos de peças sob medida:
O que é único e personalizado é mais caro.
Caso você receba uma encomenda de um produto que não é um produto seu de linha, que você está acostumado a fazer, antes de passar o orçamento faça um protótipo, do começo até o final para você perceber o grau de dificuldade exigida pelo produto. Quanto tempo demandará para fazer, quanto de material usará e se precisará de mais alguém para ajudar na produção.
Por fim, conclusão: o preço do produto deve ser assim:
A referência de três vezes o custo $$$ +
Acreditar em você e no seu talento $ +
Exclusividade do seu produtos $$ +
Se o mercado é favorável $$ +
Percentual para descontos $ +
Preço final $$$$
Se falarem a mesma língua todos ganharão, e o artesanato terá muito mais credibilidade e aceitação no mercado de forma positiva. Pratique conscentização e valorize seu trabalho sempre!!!
Sucesso!!!!
autor:
Luís Gustavo Gimenes
Engenheiro Civil e Comerciante.
Olá !!
ResponderExcluirAdorei o post, pois sou uma que defende que temos que valorizar o artesão.
Mas o que vemos por aí é que as pessoas não valorizam o artesanato / artesão, e na minha opinião isso acontece porque o artesão não se valoriza, cobrando mal a mão de obra, ou muitas vezes nem cobrando.
Tem que haver um equilíbrio, o preço tem que ser justo p/ o cliente, e a mão de obra cobrada justamente também. Afinal é o nosso trabalho !!
Não gastamos apenas material, mas também o nosso tempo, tem o nosso conhecimento, como em qualquer profissão.
Uma linda e realizadora semana !!
http://bysandraduarte.blogspot.com
Olá Sandra...
ExcluirAgradeço sua visita e seu comentário...
Desejo a você uma semana iluminada....
um grande beijo e até breve...
Adorei as dicas !!! bjs...
ResponderExcluirOlá Vera...
ExcluirFico feliz... espero ter ajudado!!!
Desejo a você uma semana iluminada....
um grande beijo e até breve...
Excelentes dicas flor, mandou bem
ResponderExcluirCheiro!!
http://www.maniadmarie.com/
Oi querida, obrigada pelo carinho....
Excluirum grande beijo
Posso levar suas dicas para o meu blog também. artemanhasdagi.blogspot.com ? Coloco os créditos à vc... pode ser. Aguardo sua resposta. Parabéns pela dica! Giane Mussi
ResponderExcluirOlá Giane, tudo bem?
ExcluirAgradeço seu carinho...
fico muito feliz que de alguma forma pude contribuir com essa dica...
Claro que pode.... será um prazer compartilhar essas informações no seu cantinho...
um grande beijo e uma semana iluminada
Valorização ja. vc é nota dez... mil, te adoro
ResponderExcluirMuito bom Erika. Ninguém dá valor ao trabalho do artesão a não ser o próprio artesão. Bjs Lê
ResponderExcluirhttp://penachioarte.blogspot.com
Olá... muito legal... pode deixar um exemplo numa peça de 2,00 por exemplo?
ResponderExcluirObrigada
Beijokas
amo seu trabalho, amo suas coisas, amoa seu estilo, amo vc
ResponderExcluirapenas uma passada de saudades, bj
ResponderExcluiré uma pena que o artesanato seja tão desvalorizado, e as peças industrializadas sejam tão mais desejadas! Mas a boa notícia é que as coisas estão mudando e as pessoas começam aos poucos a valorizar mais um produto feito com carinho do que aquele feito aos milhares.
ResponderExcluirGostei muito do post, pois colocar preço sempre é uma parte complicada!
beijos
Nossa Erika, adorei as suas dicas...realmente temos que valorizar o nosso trabalho e tempo gasto para produzi-lo.
ResponderExcluirCheguei a baratir o meu trabalho, para assim conseguir inseri-lo dentro do mercado,mas aos poucos vamos aprendendo com os dias e com as dicas de pessoas mais experientes como você. Uma excelente Páscoa para você e todos da sua familia, e que Deus continue te iluminando sempre.
Abraços
Olá Erika, tudo bem?
ResponderExcluirFico feliz que tenha gostado do texto que escrevi. A Heloísa explicou-me o que ocorreu.
Gosto de ver meus artigos atingindo o máximo de pessoas possíveis, pois é esta a finalidade.
Agradeço a correção aos créditos. Você artesã sabe mais do que ninguém como é esta questão de propriedade intelectual, não é fácil pois tudo é copiado a todo instante.
Parabéns pelo seu trabalho e sucesso sempre.
Luís GUSTAVO Gimenes
Eng. Civil, Comerciante.
Qualidade e desenvolvimento de produtos - www.SemIgual.com